Construindo um Telhado Verde

Dicas para a construção de telhados verdes, uma solução para o problema da diminuição drástica de áreas permeáveis nos grandes centros urbanos, que agravam problemas como enchentes, elevação de temperatura, ilhas de calor e efeito estufa.

Para você que está construindo um telhado verde, descrevemos abaixo dicas e uma eficiente maneira de executar sua obra. Os telhados verdes, que já são obrigatórios em novas construções em Recife e incentivados pelo programa IPTU VERDE de Salvador, trazem grandes vantagens para as construções, dentre elas:

  • Diminuição da poluição e consequente melhoria na qualidade do ar
  • Combate ao efeito de Ilhas de Calor
  • Melhoria no isolamento térmico da edificação, protegendo-a das altas temperaturas no verão e consequentemente aumentando a eficiência energética dos sistemas de ar condicionado
  • Melhoria no isolamento acústico, pois a vegetação absorve e isola ruídos
  • Redução da ocorrência de enchentes por reter a água da chuva
  • Melhoria da eficiência energética
  • Aumento da biodiversidade
  • Embelezamento da edificação e da cidade

Alguns cuidados devem ser tomados na implementação de um telhado verde, como a certificação de que que a estrutura da edificação suporta as cargas equivalentes ao acúmulo de água e ao peso total do sistema e vegetação e a atenção aos sistemas de impermeabilização e de drenagem que devem ser executadas por profissionais especializados.

Um sistema de impermeabilização e drenagem eficientes são essenciais na construção de um telhado verde. Descreveremos abaixo as instruções para execução de telhado verde utilizando a solução de impermeabilização com manta asfáltica anti-raiz e geocomposto drenante Macdrain.

Execução da Drenagem:

A aplicação do geocomposto Macrain para drenagem de jardineiras oferece grandes vantagens em relação à solução convencional com brita:

  • Tem elevada capacidade de vazão;
  • Leve, de fácil manuseio e simples instalação;
  • Protege os sistemas de impermeabilização contra eventuais danos mecânicos;
  • Reduz sobrecarga na estrutura;
  • Permite maior espessura de solo vegetal favorecendo o desenvolvimento da vegetação;
  • Evita o saturamento do solo vegetal;
  • Evita o carregamento de partículas de solo e a consequente colmatação do sistema drenante;
  • Mais eficiente, econômico e rápido quando comparado com as soluções tradicionais.

Execução da Impermeabilização

1.    Preparação da superfície:

  • A superfície deverá ser previamente lavada, isenta de pó, areia, resíduos de óleo, graxa, desmoldante, manchas de qualquer tipo de material que possa prejudicar a aderência do  produto.
  • Sobre a superfície horizontal úmida, executar regularização com caimento mínimo de 1% em direção aos pontos de escoamento de água. A argamassa de regularização deve ser  preparada com argamassa de cimento e areia média, traço 1:3. Esta argamassa deverá ter acabamento desempenado, com espessura mínima de 2cm.
  • Na região dos ralos, criar um rebaixo de 1 cm de profundidade, com área de 40×40 cm, com bordas chanfradas, para que haja nivelamento de toda a impermeabilização após a colocação dos reforços previstos neste local.
  • Todos os cantos e arestas deverão ser arredondados com raio aproximado de 5cm a 8cm.
  • Nas áreas verticais em alvenaria, executar chapisco de cimento e areia média, traço 1:3, seguido da aplicação de uma argamassa desempenada, de cimento e areia média, traço 1:4, utilizando adesivo para chapisco.
  • Os ralos e demais peças emergentes deverão estar adequadamente fixados de forma a executar os arremates.

2.  Aplicação do Primer:

  • Aplicar sobre a regularização seca uma demão de primer para aplicação de manta (Viapol: Viabit, Adeflex ou Ecoprimer; Betumat: Betucreto ou Betufrio), com rolo ou trincha e aguardar secagem por no mínimo 6 horas.

3.  Aplicação da manta asfáltica com maçarico:

  •  Alinhar a manta asfáltica (Betumanta Antiraiz ou Torodin Antiraiz), em função do requadramento da área, procurando iniciar a colagem no sentido dos ralos para as cotas mais elevadas.
  • Com auxílio da chama do maçarico de gás GLP, proceder à aderência total da manta. As emendas das mantas deverão ter sobreposição de 10 cm  para receber biselamento  e proporcionar perfeita vedação.
  • Executar as mantas na posição horizontal, subindo 10 cm na posição vertical.
  • Alinhar e aderir a manta na vertical, descendo e sobrepondo em 10cm na manta aderida na horizontal. A manta deverá ser aderida na vertical 30cm acima do piso acabado.
  • A manta deverá estar aderida no topo da jardineira, ou nas paredes contínuas subindo 30 cm acima do nível da terra.
  • Após a aplicação da manta asfáltica, executar o teste de estanqueidade, enchendo os locais impermeabilizados com água, mantendo o nível por no mínimo 72 horas.

4.  Camada Separadora:

  • Evita que os esforços de dilatação e contração da argamassa de proteção mecânica atuem diretamente sobre a impermeabilização.
  • Como camada separadora, pode ser utilizo filme plástico de 50 micra de espessura ou papel kraft betumado.

5.  Argamassa de Proteção Mecânica:

  • Horizontal: Executar a argamassa de proteção mecânica de cimento e areia traço 1:4, desempenada com espessura mínima de 3 cm. Esta argamassa deverá ter juntas perimetrais com 2 cm de largura, preenchidas com argamassa betuminosa, traço 1:8:3 de cimento, areia e emulsão asfáltica.
  •  Vertical: Sobre a impermeabilização, executar chapisco de cimento e areia média, traço 1:3, seguido da execução de uma argamassa desempenada de cimento e areia média, traço 1:4. Utilizar água de amassamento composta de 1 volume de emulsão adesiva para chapisco (Viapo Viafix), e 2 volumes de água. A argamassa deverá ser armada com tela plástica, subindo 10 cm acima da manta asfáltica.
  • Após a execução e cura da proteção mecânica, aplicar uma demão de Pintura Viapol Viabit Antiraiz.
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